Dispositivos de segurança elétrica: confira os mais usados

Dispositivos de segurança elétrica: confira os mais usados

Dispositivos de segurança elétrica são aparelhos que interrompem a corrente elétrica, caso esta seja maior que um circuito ou aparelho possa suportar. Os mais comuns são fusíveis e disjuntores. O dimensionamento e a escolha correta desses equipamentos são essenciais para prevenir acidentes, tais como sobrecargas, incêndios, choques e queima de equipamentos, tanto residenciais quanto industriais.

Por se tratar de eletricidade, algo tão poderoso como perigoso, há algumas normas e certificações que precisam ser levadas em conta na hora de montar seu conjunto. A seguir, resumimos quais são os dispositivos de segurança elétrica mais usados, assim como as normas mais importantes a ser observadas na aquisição deles.

 

Dispositivos de segurança elétrica e sistemas de proteção

Dispositivos de segurança elétrica fazem parte de sistemas de proteção do circuito de uma planta industrial ou de uma residência como um todo. Os componentes de um sistema de proteção, nesse caso, são:

– Transformadores de instrumentação (de corrente e de potencial), que regulam os valores dos sinais de tensões e correntes que circulam no sistema;

– Relés de proteção, que podem ser eletromecânicos, eletrônicos ou dispositivos eletrônicos inteligentes (relés numéricos ou relés digitais);

– Canais de comunicação, que propiciam a troca de informação entre relés de proteção e melhoram o desempenho do sistema de proteção;

– Fusíveis;

– Disjuntores, que são capazes de cortar o circuito caso este comece a operar fora das condições normais, prevenindo a formação de arco elétrico. Em instalações de baixa tensão (quicklags) são utilizados dispositivos do tipo “no fuse”, ou sem fusível, já que interrompem o fluxo da corrente abrindo uma chave. Neste caso, o dispositivo é composto por dois elementos capazes de detectar a presença de sobrecorrente, que pode vir de curto ou de sobrecarga: elemento térmico, que detecta sobrecarga de longa duração, e elemento magnético, que detecta curto-circuito. Os disjuntores têm, também, uma chave e uma câmara de extinção do arco elétrico – que é formado no momento em que a chave abre-se.

Assim, os dispositivos de segurança elétrica fazem parte do sistema de proteção do circuito. Porém, há diferenças entre as aplicações industriais e residenciais.

Dispositivos de segurança elétrica: quais são os mais usados em instalações industriais e residenciais

No Brasil, a ABNT NBR 5410 é a norma técnica que regulamenta os procedimentos para a instalação de redes elétricas de baixa tensão (até 1.000 volts em tensão alternada e 1.500 volts em tensão contínua). Essa norma, baseada na IEC 60364, compreende: edificações residenciais e comerciais, estabelecimentos institucionais e de uso público, estabelecimentos industriais, estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros, edificações pré-fabricadas, trailers, campings, marinas, canteiros e instalações temporárias.

Segundo a norma, os principais dispositivos de segurança elétrica para instalações prediais residenciais ou industriais são: fusíveis, DPS (dispositivos de proteção de surto ou de sobretensões), DR (diferencial residual) e DTM (disjuntor termomagnético).

Fusíveis

São dispositivos de proteção compostos por um elemento condutor capaz de fundir-se quando ocorre uma corrente específica e em intervalo de tempo bem determinado. Os fusíveis mais comuns em instalações de baixa tensão são do tipo rosca, cartucho (faca ou virola), diazed e NH, de alta capacidade disruptiva. Trata-se de um dispositivo de proteção contra sobrecorrente por sobrecarga ou curto e deve ser substituído após ser acionado.

Dispositivo DPS

Os protetores de surto preservam instalações e equipamentos elétricos e eletrônicos contra os efeitos diretos e indiretos de descargas atmosféricas. São classificados em:

– Classe I: eliminam efeitos diretos das descargas atmosféricas;

– Classe II: protegem equipamentos elétricos contra sobretensões induzidas ou conduzidas originadas de descargas atmosféricas;

– Classe III: usados para proteger equipamentos situados a mais de 30 metros do DPS de cabeceira.

Dispositivo DR

Este dispositivo protege pessoas de choques. Ele é necessário porque o disjuntor termomagnético não reconhece pequenas correntes, que podem mesmo assim causar danos graves ao corpo de mamíferos. Por esse motivo, a NBR 5410 obriga a utilização de dispositivos DR em locais molhados ou úmidos, tais como:

– Pontos de utilização em locais molhados ou sujeitos a lavagens, como cozinhas, garagens e lavanderias;

– Tomadas internas usadas para alimentar equipamentos em áreas externas;

– Pontos situados onde há banheira ou chuveiro;

– Pontos de tomada em locais não residenciais;

– Tomadas e iluminação em áreas externas.

Dispositivo DTM

Este é o mais comum de todos. O disjuntor termomagnético é um dispositivo de manobra e proteção. Isto é, ele é capaz de desarmar-se automaticamente ao detectar calor atípico no circuito, o que pode indicar corrente excedente. Tais dispositivos são classificados conforme o tipo de funcionamento:

– Pelo número de polos: monopolar, bifásico ou trifásico;

– Pela corrente de curto-circuito (de curva B, C ou D).

Assim, os dispositivos de segurança elétrica mais usados são fusíveis, disjuntores, DPS e DR. O que diferencia na escolha entre eles, no entanto, é o tipo de equipamento em que serão utilizados e a edificação (se residencial ou industrial). Em todo caso, o dimensionamento correto é essencial para que esses elementos cumpram com a função de trazer mais segurança.


Fonte: https://loja.br.abb.com/blog/post/dispositivos-de-seguranca-eletrica


Confira também: https://cswsolucoes.com.br/entenda-a-diferenca-entre-circuito-em-serie-e-paralelo/

 

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