A norma ABNT NBR 5410 e a norma IEC 60364 estabelecem critérios para proteção contra curto-circuito, mas apresentam divergências em relação à aplicação da integral de Joule, dependendo do tempo de duração do curto-circuito.
A norma brasileira exige que a capacidade de interrupção do dispositivo seja no mínimo igual à corrente de curto-circuito presumida no ponto onde for instalado, e que a integral de Joule que o dispositivo deixa passar seja inferior ou igual à integral de Joule necessária para aquecer o condutor desde a temperatura máxima de serviço contínuo até a temperatura limite de curto-circuito.
A norma IEC 60364 apresenta uma nota que especifica critérios distintos em função do tempo, fazendo uma distinção de tratamento entre curtos-circuitos interrompidos em tempo inferior a 0,1 s e aqueles com duração de até 5 s.
A norma alemã VDE 0100 segue os critérios da norma IEC 60364. A distinção em função do tempo se deve à aplicação de dispositivos com características diversas. Para tempos abaixo de 0,1 s, a norma IEC 60364 determina que o valor I²t do dispositivo de proteção seja maior que a energia específica indicada pelo fabricante do dispositivo de proteção, enquanto que, para curtos-circuitos com duração de até 5 s, calcula-se o tempo máximo admissível de interrupção do curto-circuito compatível com a capacidade térmica do cabo.